quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Síndrome de Asperger


Sintomatologia

Muitas vezes confundida com o autismo, a Síndrome de Asperger foi descrita pela 1.ª vez por Hans Asperger, em 1944, no artigo “Psicopatologia Autística na Infância”, mas foi incluída no Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais (DSM IV), apenas em 1994.

As características essenciais do Transtorno de Asperger são um prejuízo severo e persistente na interacção social (Critério A) e o desenvolvimento de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e actividades (Critério B). A perturbação deve causar prejuízo clinicamente significativo nas áreas social, ocupacional ou outras áreas importantes de funcionamento (Critério C).
Contrastando com o Transtorno Autista, não existem atrasos clinicamente significativos na linguagem (isto é, palavras isoladas são usadas aos 2 anos, frases comunicativas são usadas aos 3 anos) (Critério D).
Além disso, não existem atrasos clinicamente significativos no desenvolvimento cognitivo ou no desenvolvimento de habilidades de auto-ajuda apropriadas à idade, comportamento adaptativo (outro que não na interacção social) e curiosidade acerca do ambiente na infância (Critério E).
O diagnóstico não é dado se forem satisfeitos critérios para qualquer outro Transtorno Invasivo do Desenvolvimento específico ou para Esquizofrenia (Critério F).
Prevalência
As informações sobre a prevalência do Transtorno de Asperger são limitadas, mas ele parece ser mais comum no sexo masculino.

Critérios de Diagnóstico

A. Prejuízo qualitativo na interacção social, manifestado por pelo menos dois dos seguintes requisitos:
(1) prejuízo acentuado no uso de múltiplos comportamentos não-verbais, tais como contacto visual directo, expressão facial, posturas corporais e gestos para regular a interacção social
(2) fracasso para desenvolver relacionamentos apropriados ao nível de desenvolvimento com seus pares
(3) ausência de tentativa espontânea de compartilhar prazer, interesses ou realizações com outras pessoas (por ex. deixar de mostrar, trazer ou apontar objectos de interesse a outras pessoas)
(4) falta de reciprocidade social ou emocional

B. Padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e actividades, manifestados por pelo menos um dos seguintes requisitos:
(1) insistente preocupação com um ou mais padrões estereotipados e restritos de interesses, anormal em intensidade ou foco
(2) adesão aparentemente inflexível a rotinas e rituais específicos e não funcionais
(3) maneirismos motores estereotipados e repetitivos (por ex. dar pancadinhas ou torcer as mãos ou os dedos, ou movimentos complexos de todo o corpo)
(4) insistente preocupação com partes de objectos
 
C. A perturbação causa prejuízo clinicamente significativo nas áreas social e ocupacional ou outras áreas importantes de funcionamento.

D. Não existe um atraso geral clinicamente significativo na linguagem (por ex. palavras isoladas são usadas aos 2 anos, frases comunicativas são usadas aos 3 anos).

E. Não existe um atraso clinicamente significativo no desenvolvimento cognitivo ou no desenvolvimento de habilidades de auto-ajuda apropriadas à idade, comportamento adaptativo (outro que não na interacção social) e curiosidade acerca do ambiente na infância.

F. Não são satisfeitos os critérios para um outro Transtorno Invasivo do Desenvolvimento ou Esquizofrenia.

2 comentários:

  1. AdOrO eStE BlOg :)

    Está muito interessante...

    ResponderEliminar
  2. Agradeço as abordagens que fizeram do tema, visto que, está muito completo, mas ao mesmo tempo de fácil leitura mas com uma linguagem cuidada.

    ResponderEliminar